quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Natal: vocação de Cristo por amor ao Pai e à humanidade.

Naquele tempo, Deus Pai - olhando o mundo decaído que, consequentemente, privava-se do seu plano de Amor - chamou seu Filho Jesus para restaurar a humanidade... Com efeito, de tal modo Deus amou o mundo, que lhe deu seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. (Jo 3,16).

O Filho Jesus, respondendo ao chamado do Pai, encarnou-se na nossa realidade humana, fazendo-se homem - para ofertar a sua própria vida - por amor ao Pai e a cada um de nós. Meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou e cumprir a sua obra. (Jo 4,34). Sua missão constitui em restaurar o Plano amoroso de Deus Pai, ou seja, recuperar a Vida Divina para a humanidade. Eu vim para que as ovelhas tenham vida e para que a tenham em abundância. (Jo 10,10)

Com a vocação de Jesus podemos entender que também somos chamados a um compromisso missionário com Deus. São Paulo nos deixa bem claro que Jesus, sendo de condição divina, não se prevaleceu de sua igualdade com Deus, mas aniquilou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e assemelhando-se aos homens. E, sendo exteriormente reconhecido como homem, humilhou-se ainda mais, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz. (Fl 2,6-8)

Foi esta resposta generosa de estrega total ao Plano Divino de Salvação que o fez nascer em nossa realidade humana, sendo solidário com nossas condições de pequenez e com nossa miséria (Jesus nasceu pobre e sem conforto; viveu a realidade de desafios por que passam muitas de nossas famílias; ao anunciar o Reino não tinha nem onde reclinar a cabeça; compartilhou com muitos de seus discípulos os desafios de evangelização, etc.)

Tudo isso se torna motivo para rezar e refletir sobre o quanto devemos nos configurar a cada instante com sua resposta generosa de Amor... O Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em redenção por muitos. (Mc 10,45) Dessa forma, por meio do nosso testemunho, o Natal terá um significado maior nos nossos corações e no coração da humanidade.


Equipe PVClar
Texto retirado da Revista Ave Maria.
Dezembro de 2009.

PRESÉPIO

A palavra é...



Presépio

Segundo o evangelista Lucas, “Maria deu à luz seu filho pri¬mogênito, e, envolvendo-o em faixas, reclinou-o num presépio; porque não havia lugar para eles na hospedaria”. (Lucas 2,7)

A palavra “presépio” tem sua origem no latim praesepire, que literalmente significa “cercado na frente”. É formada por dois elementos: pelo prefixo prae, que significa “na frente, antes”; e pela palavra sepire, que significa “cercar, envolver”. Ou seja, era um lugar cercado para dar comida e descanso aos animais, hoje conhecido por estábulo ou curral. Isso mesmo: Jesus nasceu num lugar destinado aos animais!

O termo “presépio” apareceu pela primeira vez no século V. O papa Sisto III (432-440) pediu que fosse construído na Basílica de Santa Maria Maior um relicário para conservação de algumas partes da Gruta de Belém. Desde o século VI, a Basílica também ficou conhecida como “Santa Maria do Presépio”. (Discurso do Cardeal Tarcisio Bertone, 12 de dezembro de 2006).

A cena que representa o nascimento do Menino Jesus foi sendo criada no decorrer da história. No século V, o presépio era representado apenas com a manjedoura e o Menino, uma vaca e um burro. Certamente era uma referência ao profeta Isaías “O boi conhece o seu possuidor, e o asno, o estábulo do seu dono” (Isaías 3,2). Ao final do século V foi acrescentada a estrela de Belém. Na mesma época, também a Virgem Maria foi representada no presépio.

Foi na Idade Média que o presépio se tornou bastante popular. São Francisco de Assis foi o responsável pela popularização do presépio. Em 1223, ao retornar de uma viagem a Roma, informou ao papa Honório III (1216-1227) sobre seus planos de fazer uma representação artística do Natal. Tendo o projeto aprovado, Francisco foi para Greccio e, nas vésperas do Natal, com a ajuda de amigos, construiu uma gruta, agrupando ao redor da imagem do menino, as imagens de Maria, de José, dos pastores, em adoração ao Salvador recém-nascido, e ainda do asno e do boi. A partir desse momento, a tradição natalina foi se estendendo por toda a Europa e de lá para o resto do mundo.


Pe. Maciel M. Claro é sacerdote,
missionário claretiano.
Contato: maciel@avemaria.com.br
Texto retirado da Revista Ave Maria, dezembro de 2009.

QUEM SOU

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Anápolis, Goiás, Brazil
Frade Franciscano Menor, da Província do Santíssimo Nome de Jesus do Brasil, licenciado em Filosofia pela PUC-GO, atualmente é estudante do Curso de bacharelado em Teologia, no Instituto de Filosofia e Teologia de Goiás - Ifiteg, Diácono em transição e Animador Provincial do Cuidado das Vocações Franciscanas.