sábado, 28 de novembro de 2009

REFLEXÃO SOBRE O ADVENTO E NATAL.

Iniciando este período de advento e natal, vamos refletir acerca da experiência de buscar acolher e viver o mistério do Menino Deus que veio até nós. Para isso, mergulhemos neste belissímo texto eleborado por frei Ronildo Arruda, onde ele busca, pela singeleza das palavras mostrar toda a beleza de se viver o natal nos pequenos gestos.

Raízes da Fé

Olho a velha imagem de São José talhada em madeira, herança de meu bisavô, bem ali guardada na estante de minha mãe. Ela tem história: Começa com os baianos lavoristas de café, no sul da Bahia; meus bisavós. Depois, passou a meu avô; por último, minha mãe. Agora espero minha vez de preservá-la.

Tempo do advento. Vovô preparava uma plataforma de madeira, colocava aí uma terra bem preparada, e plantava o arroz. Era a feitura do nosso presépio. Passado o tempo do natal, o Menino Jesus voltava aos braços de São José, não aos da Mãe. Isso sempre me chamou a atenção.

Aí, então, rezávamos, também a seu tempo, a memória solene de São João Batista acompanhada de brincadeiras, serestas, fogueira, batata assada na brasa, pau-de-sebo, biscoitos e brevidades. E muito agradecimentos pelas conquistas que obtínhamos na luta e labuta diárias. No final de tudo, vovô rezava para nós o Evangelho.

Fé e vida, o Mistério Pascal de Cristo e o Mistério Pascal de nossa luta e labuta se confluíam e eram nunca duais. Evangelho, Presépio e a Sagrada Família não nos eram discursados, antes rezados.

Papai e mamãe, nós morávamos bem próximos de meus avós, se faziam requeijão, ou abatiam uma novilha ou um porco para o sustento da família, ou faziam a pamonhada, os vizinhos participavam conosco daquela comensalidade farturenta. A solidariedade e a gratidão não eram discursos. Antes: Fé, esperança, participação, acolhida, proximidade. Alegria!

Cresci assim neste ambiente maravilhoso aonde o crente (evangélico), o espírita, o incrédulo, o católico antes de tudo, antes do credo, nos deviam ser seres humanos. E todos aí eram filhos de Deus.

Crer nesta espiritualidade mística antropológica e cristã, alicerçar minhas próprias ações no “vós sois sal da Terra e luz do Mundo” (Mt.5,13-16), crer que o Reino de Deus não é um para além, mas um sempre presente no corriqueiro de nossos dias, aí está a fé que recebi de meus entes queridos. Fé que começa no homem, imagem e semelhança do Deus-Trindade; fé que exige acolhida receptiva que pede mudança de postura diante do outro; fé geradora de confiança e vínculos fraternais com o outro, hospitalidade e diálogo, como São José conduziu a educação de Jesus, Nazareno, Carpinteiro, Operário, Fiel e Crucificado.

Fr. Ronildo, ofm.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

TUDO POSSO - Padre Fábio de Melo e Celina Borges



Em nossa vida, nem sempre estamos bem. É neste momento que temos que acreditar, que não estamos sozinhos e, com a confiança em Deus podemos dizer: Posso, tudo posso naquele que me fortalece.Nada e ninguém no mundo vai me fazer desistir.

LADAINHA DE TODOS OS SANTOS

COMEMORAÇÃO DE TODOS OS FIÉIS DEFUNTOS DA ORDEM SERÁFICA



Neste dia 25 de novembro comemoramos todos os fiéis defuntos da nossa ordem seráfica. São homens e mulheres, leigos e consagrados, que durante as suas vidas foram fiéis testemunhas do Cristo pobre e crucificado, doando ao projeto Evangélico de levar ao mundo a beleza da opção de serem cristãos comprometidos seguidores do Jesus, anunciado e vivido concretamente por São Francisco.

Oração

Ó Deus, glória dos fiéis e vida dos justos, que nos remistes pela morte e ressurreição do vosso Filho, concedei aos nossos irmãos, irmãs, parentes e benfeitores falecidos, que, tendo professado o mistério da vossa ressurreiçaõ, mereçam alegrar-se na eterna felicidade. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.




Vista da Capela e do Cemitéro do Seminário Reina Minorum, em Anápolis. Onde se encontra enterrados alguns frades, Clarissas e um grande benfeitor, senhor Arnaldo.
Rest in Peace - RIP

AMIGO-IRMÃO



Em nossa caminhada como filhos e filhas de Deus, Pai de Amor e Misericórdia, encontramos com muitas pessoas que, de uma maneira ou de outra, nos afetam cada uma com o seu jeito impar de ser. Algumas mais outras menos.

E, é nesta reciprocidade de afetos que deixo aqui essa pequena poesia, de Exupéry, que retrata uma homenagem a um grande amigo que, mesmo distante, com suas palavras  incentivadoras, me ajuda, cada vez mais, a seguir mais firme a vocação que Deus me confiou, de ser frade menor. Afinal, não conseguimos andar só, é preciso sempre ter um ombro amigo, "um amigo-irmão" ao nosso lado.


ACASO

"Cada um que passa em nossa vida,
passa sozinho, pois cada pessoa é única
e nenhuma substitui outra.

Cada um que passa em nossa vida,
passa sozinho, mas não vai só
nem nos deixa sós.

Leva um pouco de nós mesmos,
deixa um pouco de si mesmo.
Há os que levam muito,
mas há os que não levam nada.

Essa é a maior responsabilidade de nossas vida,
e a prova de que duas almas
não se encontram ao acaso."

Antoine de Saint-Exupéry

QUEM SOU

Minha foto
Anápolis, Goiás, Brazil
Frade Franciscano Menor, da Província do Santíssimo Nome de Jesus do Brasil, licenciado em Filosofia pela PUC-GO, atualmente é estudante do Curso de bacharelado em Teologia, no Instituto de Filosofia e Teologia de Goiás - Ifiteg, Diácono em transição e Animador Provincial do Cuidado das Vocações Franciscanas.